ProWein 2022: o que vimos na maior feira de vinhos do mundo

Maio foi um mês de muito conhecimento para nós, do I Love Vinhos e da nossa parceira Werle Comercial. Entre os dias 15 e 17, estivemos na ProWein, em Düsseldorf, Alemanha.

No total, foram 5.700 expositores de 62 países e mais de 38.000 visitantes de 145 países, reunidos em 13 pavilhões. O sucesso e os números recordes em vendas também se deram por conta da saudade: a feira não ocorria de forma presencial há dois anos.

Começamos hoje uma sequência de postagens para contar a você tudo o que vimos por lá.

E prepare-se: temos tanto material incrível que você vai ficar com vontade de ir na edição de 2023! Com a palavra, Delci Werle, que atravessou o mundo para trazer novidades para nós!

 

Impacto positivo e vinhos italianos sensacionais

O primeiro dia da feira foi ótimo para fazer um reconhecimento geral do espaço. Mas a cada caminhada, surpresas e encantamento resumiam o nosso grupo.

 

As preciosidades da Donnafugata

Tive a oportunidade de degustar alguns vinhos italianos da vinícola Donnafugata, que nasceu na Sicília a partir da iniciativa de uma família que, com paixão, conseguiu inovar o estilo e a percepção do vinho siciliano no mundo.

Foi fundada em 1983 pelo enólogo Giácomo Rallo e sua esposa Gabriella (premiada em 2018 por seu pioneirismo). Eles são a quarta geração de uma família de 170 anos de experiência em vinhos. Atualmente, seus filhos José e Antonio gerenciam a marca.

A nível de curiosidade, “Donnafugata”, em italiano, significa “mulher em fuga”, uma referência à história de uma rainha que  encontrou refúgio na Sicília, exatamente onde hoje estão os vinhedos da empresa.

Mas vamos aos brindes? Degustamos muitos vinhos da marca. Merecem destaque:

 

Donnafugata Anthìlia DOC

É um vinho branco, com notas frescas e perfumadas, aromas marcados por notas frutadas. É um corte de cataratto, grilo, anzonica e chardonnay. Muito equilibrado, o rótulo é um show! Exibe o rosto de uma mulher misteriosa. Anthìlia é o nome dado no período romano para a cidade de Entella, hoje Contessa Entellina, terroir de onde provém esse belo vinho branco.

 

Donnafugata Sicilia Passiperduti Grillo

Da colheita de 2021, vem o Donnafugata Sicilia Passiperduti Grillo, um vinhos brancos da DO Sicília, da colheita de 2021. Sua complexidade e elegância são bastante marcantes. Pra você ter ideia, as notas florais remetem à lavanda e aromas cítricos.

 

Donnafugata Dolce & Gabbana Rosa Sicilia

Rosa é um vinho rosé da parceria entre Donnafugata e Dolce & Gabbana. Chique, não é mesmo? Com cor rosa pálida e notas frutadas de pêssego de polpa branca e bergamota (tangerina), é elaborado com as castas autóctones da Sicília Nerello Mascalese e Nocera. Leve, tem ótimo frescor e um final um tanto quanto delicado, remetendo a flores, como jasmins.

 

Donnafugata Contesa dei Venti Nero d’Avola

Amei este vinho! Ele é um tinto com predominância de aromas florais de lavanda e violeta. Na boca, é fresco com agradável regresso de notas frutadas. Elaborado com 100%  da variedade Nero d’Avola.

 

Donnafugata Floramundi – Cerasuolo di Vittoria

O Donnafugata Floramundi – Cerasuolo di Vittoria é um vinho tinto, com aromas frutados, evidenciando cereja e mirtilos. É um corte de Nero d’Avola e Frappato. Tem médio corpo, com taninos finos e boa acidez. Seu final é marcado por frutas pretas maduras e toques florais. O amadurecimento ocorre por 8 meses em tanques de aço inoxidável e posteriormente mais 7 meses em garrafa.

 

Donnafugata Sul Vulcano Etna Rosso

Este é um vinho de extrema elegância, elaborado a partir das variedades Nerello Mascalese e uma pequena porcentagem de Nerello Cappuccio. Encorpado, apresenta taninos firmes e ótima acidez, além de toques cítricos e ervas mediterrênas. Seu final é mineral, marcado por frutas vermelhas, notas florais e toques de especiarias. O Donnafugata Sul Vulcano Etna Rosso passa 14 meses em barricas de carvalho francês (parte do vinho).

 

Donnafugata Mille e Una Notte

Este vinho traz duas histórias em seu rótulo. Além do nome da antiga e conhecidíssima história árabe, o desenho retrata o palácio na cidade de Santa Margherita Belice. Esta foi a residência de um dos símbolos da literatura siciliana Tomasi di Lampedusa, além de ser o palácio a qual a rainha Maria Carolina se refugiou de sua fuga da cidade de Nápoles. Foi esta antiga fuga da rainha de Nápoles, que dá nome a vinícola “Donnafugata”.

Eis um vinho ícone, que passa por 14 meses de amadurecimento em barrica francesa nova. Depois, ainda há o processo de afinamento de 3 anos em garrafa. Seus cortes são Nero d’Avola, Petit Verdot, Syrah, além de outras variedades locais, garantindo aroma de frutas vermelhas e pretas maduras, como ameixas e cerejas, notas de tabaco e cacau, além de toques de licores Uma preciosidade de sabor encorpado!

 

Os vinhos da Cantine Belisário

Outra vinícola italiana prestigiada foi a Cantine Belisário. Fundada em 1971, ela se situa em Matelica, uma comuna italiana da região das Marcas, província de Macerata, onde hoje residem pouco mais de 10 mil habitantes.

 

Vinhos degustados:

  • Val Bona: um vinho de entrada, com 100% da uva Verdicchio e aroma mineral. Um vinho fresco e jovem.
  • Cerro: é um vinho produzido por 100% da variedade Verdicchio, em vinhedos selecionados, solo calcário e salinidade em boca.
  • Cambrugiano: é vinho reserva, 100% da variedade Verdicchio com passagem em barrica de carvalho francesa.
  • Collamato: é um vinho de entrada.
  • Rosso San Leopordo: corte de Sangiovese e Merlot, passagem em barrica de carvalho da eslovonia (floresta).
  • Bruneello di Montalcino: 100% da variedade Sangiovese, passagem por barrica de madeira de 5 mil litros.
  • Mavrio: vinho da variedade Negroamaro Branci, picante, com aromas de especiarias.
  • Silentium: primitivo, com passagem de 6 meses em barrica.
  • Tosone: variedade 100% de Nero d’Avola e 6 meses de passagem por barrica.

 

E pensa que as percepções sobre a Prowein terminam por aqui? Nem pensar! Ainda temos muito material incrível para explorar. Até o próximo post!

Delci Werle é sommelière gaúcha, casada, mãe de duas filhas. Da família de descendência alemã, herdou a paixão por vinhos e gastronomia. Com o marido, veio o empreendedorismo e a distribuição de bebidas em São Leopoldo, Rio Grande do Sul.

No currículo, cursos e conhecimentos diversos. Graduada na área da educação nos anos 80, passando por Secretariado Bilíngue (Unisinos) e mais recentemente um MBA em Inovação, Liderança e Gestão 3.0 (PUC-RS), Delci já trabalhou como professora e por longos anos esteve na indústria.

De 2009 pra cá, a gestão dos negócios tomou conta da sua rotina em definitivo. Atualmente, Delci está à frente da Werle Comercial, um dos maiores e-commerces de bebidas do Brasil. Ela sabe que empreender não é tarefa fácil atualmente, mas o desafio também é seu hobby: “o empreendedor deve estar em constante atualização, sempre atento às tendências de comportamento dos consumidores. Tenho sede por conhecimentos, novidades. Estou sempre me atualizando e de olho no que acontece no mercado!”.

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