7 mitos sobre vinhos para derrubar já

Vamos ser sinceros: quando ouvimos uma mentira sobre alguém de quem gostamos, a tendência é ficarmos bravos e ávidos por corrigir a informação, não é mesmo? Com a nossa bebida preferida, não é diferente! Enófilos, enólogos, sommeliers ou mesmo só apreciadores desvendam os mitos sobre vinhos com unhas e dentes.

É até compreensível que o vinho, tamanha sua importância histórica, carregue consigo muitas lendas e teorias descabidas. Mas nosso papel, enquanto Wine Lovers, é desmistificar e corrigir a perpetuação dos erros. Preparado(a)? Mãos à obra!

 

“O vinho rosé é feito com sobra de tintos”

Mentira! Muita qualidade está dentro da fabricação dos rosés, e não tem nada de sobra de uva ou vinho! Eles podem ser elaborados de diversas formas. Na técnica do blend, é feita uma combinação entre tinto e branco, a fim de se obter uma harmonia perfeita ao paladar. Mas esse processo é super cuidadoso e requintado.

Também se obtém ótimos rosés a partir da maceração curta do vinho. É o tempo  deste processo o responsável pela coloração da bebida. Quanto mais tempo o mosto permanecer com as partes sólidas, mais escuro será o vinho. Contudo, os rosés são delicados e requintados. Não há nada de sobras neles!

 

“Espumante e champanhe são a mesma coisa”

Erro clássico! Não se pode chamar qualquer espumante de champanhe, por um motivo muito simples: apenas os espumantes produzidos na região francesa de Champagne podem levar esse nome, que é protegido inclusive legalmente. Assim, é correto dizer que todo champanhe é um espumante, mas nem todo espumante é um champanhe.

 

“Vinhos devem ser decantados”

Esse é um mito em partes. Muitos consideram este um processo retrógado, inclusive, porém, alguns vinhos são, sim, decantados. Passar o líquido por um decanter antes das taças é necessário para que resíduos sólidos presentes no líquido fiquem no fundo do recipiente. Este ato vai arear a bebida, fazendo com que sejam liberados aromas.

Sabe-se, entretanto, que este hábito é indicado apenas para os tintos mais encorpados e de longa guarda. Os vinhos mais jovens não precisam de decantação, mesmo porque pode provocar a oxidação, prejudicando tanto sabor quanto aroma.

 

“Para o vinho ser bom, ele precisa ser caro!”

Ai, meu bolso! Como assim? Eis uma mentira das grandes, e somos prova disso. Na Werle Comercial, você navega por rótulos incríveis, por preços inacreditáveis. O valor de uma garrafa de vinho depende de uma série de fatores, como safra e produção. Aqui no Brasil, na Argentina e no Chile é possível consumir vinhos de extrema qualidade, por valores suaves.

 

“Um vinho ácido é um vinho azedo”

Errado! Ácido não é sinônimo para azedo. E mais: a acidez é importante para o conjunto e a estrutura do vinho, porque indica seu frescor. A acidez é notada pela saliva formada na boca. Quanto mais o vinho faz salivar, mais ácido ele é.

 

“Vinho doce é feito com açúcar”

Outra mentira. Nenhum vinho leva adição de açúcar. Mas de onde vem o dulçor sentido no paladar? Da própria uva. Trata-se do açúcar residual, aquele que não foi transformado em álcool durante o processo de fermentação. Alguns vinhos suaves, no entanto, comumente vistos em supermercados, podem levar açúcar, motivo pelo qual não entram na categoria dos vinhos finos.

 

“Vinhos brancos não passam por envelhecimento”

Mito! Os vinhos brancos podem ser envelhecidos, sim. No entanto, em boa parte dos casos, os vinhos deste gênero são elaborados em cubas de inox, mais adequadas para manter o frescor. Algumas vinícolas, por outro lado, quando querem dar à bebida texturas mais amanteigadas, aí sim, utilizam barril de carvalho na elaboração, conferindo então a famosa longevidade.

 

E aí, você, que ama um vinho, sabe de outros mitos comuns? Compartilhe conosco! Quem sabe sua sugestão não vire uma postagem por aqui?!

 

Delci Werle é sommelière gaúcha, casada, mãe de duas filhas. Da família de descendência alemã, herdou a paixão por vinhos e gastronomia. Com o marido, veio o empreendedorismo e a distribuição de bebidas em São Leopoldo, Rio Grande do Sul.

No currículo, cursos e conhecimentos diversos. Graduada na área da educação nos anos 80, passando por Secretariado Bilíngue (Unisinos) e mais recentemente um MBA em Inovação, Liderança e Gestão 3.0 (PUC-RS), Delci já trabalhou como professora e por longos anos esteve na indústria.

De 2009 pra cá, a gestão dos negócios tomou conta da sua rotina em definitivo. Atualmente, Delci está à frente da Werle Comercial, um dos maiores e-commerces de bebidas do Brasil. Ela sabe que empreender não é tarefa fácil atualmente, mas o desafio também é seu hobby: “o empreendedor deve estar em constante atualização, sempre atento às tendências de comportamento dos consumidores. Tenho sede por conhecimentos, novidades. Estou sempre me atualizando e de olho no que acontece no mercado!”.

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