vinho submerso embaixo do mar, com um nadador ao fundo

Bombinhas terá a primeira vinícola subaquática do Brasil

Nós amamos novidades e inovações sobre vinhos. E a que trazemos hoje é incrível: Bombinhas, em Santa Catarina, terá a primeira vinícola subaquática do Brasil.

Por lá, mais de mil garrafas ficarão submersas de 3 a 6 meses, o que equivale envelhecer o vinho de 2 a 3 anos. Ou seja, uma super acelerada no processo!

 

Iniciativa municipal para o crescimento econômico

A vinícola subaquática pioneira em nossa país ficará exatamente entre a praia de Bombinhas e a praia do Ribeiro. Será um excelente incentivo econômico e turístico para a rota do vinho em Santa Catarina. Todos os rótulos submersos são catarinenses.

O apoio é do governo municipal de Bombinhas através do prefeito Paulo Henrique Dallago Muller, com apoio de empresários locais e da deputada estadual Ana Paula da Silva.

 

Mas como funcionam a vinícola subaquática e o envelhecimento no fundo do mar?

Segundo um dos idealizadores do projeto, Renieri Antonio Balestro, a gaiola onde os vinhos ficarão acomodados foi produzida em Itajaí/SC. Mas você deve estar se perguntando: “afinal, como ocorre o envelhecimento dos vinhos?”.

Balestro explica: “Os dois principais fatores que ajudam o envelhecimento do vinho é a regularidade na temperatura e pouca incidência de luz. Os vinhos serão selecionados primeiramente levando em conta experiências existentes desde 2009”.

Gaiolas onde garrafas de vinhos ficarão no fim do mar foi produzida em Itajaí – Foto: Adega de vinhos subaquáticos/Divulgação
As garrafas de vinhos ficarão nestas gaiolas, no fundo do mar. – Foto: Adega de vinhos subaquáticos/Divulgação

Embora a ideia seja pioneira no Brasil, alguns países já apostaram em vinícola subaquática, a exemplo de Espanha, Itália, Portugal, França, Chile, Argentina, Croácia, Estados Unidos e Uruguai.

A escolha por Bombinhas, de acordo com Balestro, se deu por conta de excepcionais estruturas para mergulho no local. Além disso, as condições geográficas da região também contribuíram para a concretização do projeto por lá.

O projeto também tem como responsável técnico o sommelier e instrutor de mergulho Eduardo Lazzarin.

 

Rótulos catarinenses serão prioridade na vinícola subaquática

Ao todo, mil garrafas ficarão submersas de 3 a 6 meses. A equivalência, neste caso, é de envelhecimento de 2 a 3 anos. Todos os rótulos são provenientes de Santa Catarina, aquecendo o mercado de vinhos local.

“Pra mim uma das coisas mais fantásticas desse projeto é a união da serra e o mar, incentivando o turismo catarinense e aquecendo o mercado de vinho em todo estado. Todas as vinícolas de Santa Catarina aderiram ao projeto”, destaca a deputada Ana Paula da Silva.

O mais interessante é que os próprios mergulhadores poderão escolher os vinhos no fundo do mar, que posteriormente serão distribuídos em restaurantes de Bombinhas e arredores.

 

Todo cuidado é pouco

O local será vigiado 24 horas por dia, controlado e operado pela escola Patadacobra Mergulho e Turismo (de propriedade de Balestro). Além dos mergulhadores, o controle será feito por biólogos e sommelieres, através de consultoria permanente feita pela empresa Catta Wines, com sede também em Bombinhas.

O objetivo é retirar garrafas mensalmente para uma avaliação técnica e análise química comprovando tecnicamente o resultado do processo realizado através das: ondas, marés, temperatura, umidade e sucessão ecológica.

 

Enoturismo catarinense merece destaque

E por falar em locais marcantes, o enoturismo em Santa Catarina é sobretudo interessante para quem ama integrar vinhos e viagens.

Os destaques são as vinícolas da serra catarinense, que produzem vinhos e espumantes premiados nacional e internacionalmente. Ainda merece ênfase o Roteiro Vale da Uva e do Vinho, no Vale do Contestado.

 

O que visitar na rota do vinho catarinense?

Paisagem da Vinícola Monte Agudo, em São Joaquim/SC. – Foto: cafeviagem.com
  • Vale do Contestado: com o Roteiro Vale da Uva e do Vinho (Videira, Tangará e Pinheiro Preto);
  • Serra Catarinense: onde estão localizadas algumas das mais respeitadas vinícolas do Brasil (São Joaquim, Lages e Urubici). Aproveite para curtir o lindo visual que o inverno proporciona na região serrana, com geadas e neve;
  • Sul do Estado: Urussanga (com farta gastronomia italiana em cantinas, adegas e restaurantes típicos) e Nova Veneza;
  • Vale do Rio Tijucas: Nova Trento – a capital do turismo religioso que abriga o Santuário da Santa Paulina, a primeira santa canonizada do Brasil, também tem bons vinhos artesanais.

 

E então, você já visitou estes lugares? Mergulharia na vinícola subaquática catarinense? Por aqui, amamos a ideia! ??

 

Veja também: Dicas de Enoturismo – Viagens para amantes de vinhos

Delci Werle é sommelière gaúcha, casada, mãe de duas filhas. Da família de descendência alemã, herdou a paixão por vinhos e gastronomia. Com o marido, veio o empreendedorismo e a distribuição de bebidas em São Leopoldo, Rio Grande do Sul.

No currículo, cursos e conhecimentos diversos. Graduada na área da educação nos anos 80, passando por Secretariado Bilíngue (Unisinos) e mais recentemente um MBA em Inovação, Liderança e Gestão 3.0 (PUC-RS), Delci já trabalhou como professora e por longos anos esteve na indústria.

De 2009 pra cá, a gestão dos negócios tomou conta da sua rotina em definitivo. Atualmente, Delci está à frente da Werle Comercial, um dos maiores e-commerces de bebidas do Brasil. Ela sabe que empreender não é tarefa fácil atualmente, mas o desafio também é seu hobby: “o empreendedor deve estar em constante atualização, sempre atento às tendências de comportamento dos consumidores. Tenho sede por conhecimentos, novidades. Estou sempre me atualizando e de olho no que acontece no mercado!”.

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